Candomblé: O verdadeiro significado do verbo "sentir"
Com uma cultura rica em cores, adereços, símbolos,
signos, linguagens e traços marcantes, o Candomblé, religião africana trazida
para o Brasil pelos negros que desembarcavam para tornarem-se escravos, muitos deles reis e
rainhas de seus países traziam consigo personalidades e habilidades
distintas.As celebrações dos seus rituais são feitas em casas, roças ou
terreiros, como costumamos chamar, são regidas no embalo de um som transcendente
e inspirador ao seus adeptos. Em ritmo de dança o tambor é tocado e os filhos
de santo começam a invocar seus orixás, os Deuses supremos da religião, para
que os incorporem.
Tive o prazer de
conhecer duas das nações na qual a religião é dividida, o Candomblé Angola cujos valores são
sincretizados com os valores indígenas brasileiros e o Candomblé Ketu, o famoso "Xangô" de Pernambuco. Agregado a cultura
africana, conheci Mestre Bil, senhor de 89 anos cujo 85 são dedicados ao
candomblé, o conheci na casa do Pai Carlos e quatro dias depois o reencontrei
no Pátio de São Pedro, onde ele passa as suas tardes a perambular pelas ruas contando
suas histórias à quem o ceder minutos de seu tempo. Pessoa rica em cultura e
sábio nas palavras, era de emocionar
ouvi-lo falando sobre o amor e respeito que tem pela religião.
Em uma situação
intempestiva aprendi um pouco sobre uma cultura que antes desconhecia, pude
sentir o arrepio na pele ao ouvir os
cânticos, presenciar situações nunca antes vistas ou pressuposta, compreendi que o real significado está no que conseguimos sentir.
"E se por
acaso a religião não contivesse em si verdade nenhuma, os tolos que nela
acreditavam seriam então, duplamente idiotas." Charles Bukowski
Câmera utilizada - Canon D60 / Canon D3200
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